segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Confira a REVISTA MODERNA!


A Revista Moderna é fruto de um trabalho acadêmico dos estudantes de jornalismo: Fernanda Souza, Pamela Guzzo, Marcio Moreno, e eu, Kennia Di Andrino.

Nos divertimos muito ao fazer este trabalho. Dedicado ao público feminino, a revista busca falar sobre saúde, tendências, bem estar, moda e profissões que vem sendo encarada sem tabus por muitas mulheres!

Na capa, a bandeirinha Ana Paula Oliveira nos fala antes de entrar para o programa A Fazenda, em entrevista exclusiva, sobre futebol, polêmicas e expectativas em sua carreira.

Veja também a matéria sobre a polêmica cirurgia de redução de estômago, com relatos de três mulheres sobre operação, recuperação e o resultado.

Saiba quais motivos que levam algumas mulheres a adiar a maternidade. Surpreenda-se com o que os homens abominam no comportamento feminino!

Boa leitura! http://issuu.com/kukadiandrino/docs/revistamoderna

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Eventos culturais celebram aniversário de São Paulo

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Nestes 456 anos de história, São Paulo comemora seu aniversário com eventos culturais em diversas localidades


Ao longo desses séculos, desde 25 de Janeiro de 1554, quando os padres jesuítas fundaram o Real Colégio de São Paulo no intuito de catequizar os índios, o pequeno vilarejo foi se transformando e presenciou inúmeros fatos históricos para o país.

No sábado, 23 de Janeiro, o Museu da Língua Portuguesa (Praça da Luz, s/n) homenageia a capital a partir das 14h no Espaço Café. O escritor Cesar Obeid, conta histórias e faz repentes a partir das sugestões do público. Já às 15h30, o Sarau Chama Poética apresenta poemas e canções sobre a cidade de São Paulo. Entrada: R$ 4,00, no sábado, e no domingo, a entrada é livre.

Na segunda, feriado na capital, a Prefeitura vai realizar no Parque da Independência (Av. Nazaré, s/n. – Ipiranga) a partir das 15h, seis horas de música com shows de Érika Machado, Flávio Venturini, Milton Nascimento e Lô Borges, com entrada franca.

O Museu Afro Brasil, (Rua Pedro Álvares Cabral, s/nº Pq. Ibirapuera) oferece exposição fotográfica com acervo que retrata a cidade no início do século XIX. O público contará também com apresentações de chorinho, samba, frevo e baião com o grupo Regional Brasileiro. Além de música eletrônica com a DJ Evelyn Cristina.

Para quem gosta de dança, o Teatro de Dança (Av. Ipiranga, 344, subsolo) realizará um baile, das 16h às 22h. Os iniciantes terão orientação de instrutores que vão ensinando, passo a passo vários ritmos como gafieira, milonga, salsa, forró e tango. A entrada é gratuita.

Ainda no feriado, o Mosteiro de São Bento (Largo de São Bento, s/n. - Centro) abrirá suas áreas secretas para uma exposição de arte contemporânea com obras de Carlos Eduardo Uchôa, José Spaniol e Marco Giannoti, gratuitamente.

Aproveite o aniversário de São Paulo para conhecer mais sobre sua história. Afinal, os 120 teatros, 71 museus e 11 centros culturais abrigam a memória, cultura e diversidade desta que é uma das maiores e mais importantes cidades do mundo.

Fontes: www.cultura.sp.gov.br e www.prefeitura.sp.gov.br

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Com muito prazer



O mercado erótico no Brasil está crescendo e as mulheres tem participação neste segmento


Visual aconchegante e receptivo como de uma loja qualquer pensada principalmente para mulheres. Cada dia mais, os sex shops também conhecidos como boutiques eróticas, estão valorizando esse público que corresponde atualmente a 70% das compras do mercado.


A indústria erótica chegou ao Brasil há três décadas e movimenta hoje cerca de R$ 900 milhões por ano. “Fato relevante, até porque não se trata de um mercado regulamentado”, destaca Evaldo Shiroma, presidente da Associação Brasileira das Empresas do Mercado Erótico e Sensual (ABEME). “Alguns produtos entram no Brasil como brinquedos”, complementa.



Para elas

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. .Uma das empresas a pensar no público feminino foi a boutique Mimo Sexy, que está há quatro anos na região de Alphaville, em Barueri – São Paulo. Renata Bertacini, sócia da loja, conta que hoje 90% de seus clientes são mulheres. Ela revela que antes de abrir o comércio com a irmã (Fernanda), foi visitar outros sex shops. Quando ela entrou, ficou impressionada, pela disposição mal organizada dos produtos e pelo atendimento de um homem que explicava o funcionamento dos mesmos de forma grosseira. A hoteleira percebeu um déficit no atendimento e decidiu apostar: “Vi que aquele era o ramo de negócio que queria, mas em um formato mais ‘leve’. O intuito era focar principalmente a classes A e B e o público feminino”, enfatiza Bertacini.


Mas não é só com produtos que as boutiques sexys tentam agradar as mulheres. Após uma pesquisa a ABEME chegou à conclusão de que os filmes eróticos não agradam muito a elas. Com isso, algumas lojas oferecem ‘cursos’ de Strip Tease, Poli Dance, entre outros, para chamar a atenção e fidelizar clientes.


Fernanda Groto, 27 anos, confessa que tinha curiosidade e vontade de ‘apimentar a relação’. Comprou um gel para o corpo com efeito gelado e dadinhos para brincadeiras com o parceiro. "Meu marido adora quando eu faço surpresa", diz Fernanda. Ela relata que sempre passa em uma loja para saber das novidades. E não precisa ser data especial para surpresa "O resultado sempre é bom", exclama.


Leopoldo Nochese, dono da Doc. Sex, em Pinheiros - São Paulo, discorda que a maioria dos consumidores fosse o público masculino: “Há muito tempo, as mulheres estão mais desinibidas. Entram em uma loja menos envergonhadas do que os homens”, afirma o lojista.

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Made in Brazil


O Brasil tem aumentado a fabricação de cosméticos e ‘brinquedos’ eróticos, chegando a representar 40% do estoque das lojas do ramo. A indústria nacional perde para norte-americana, chinesa e europeia, que inovam os produtos. Como no caso da boneca inflável com efeitos especiais, vinda de Hollywood. “As próteses melhoraram na qualidade do material e acabamento. Existem algumas bem parecidas com as importadas, que ainda são consideradas superiores”, defende Renata. Já Nochese concorda, mas garante 50% do estoque da loja com os produtos nacionais. Para os clientes, o fator qualidade também faz diferença: “Apesar de gostar de ir a diferentes lojas para saber o que é novidade, me preocupo com o compro, com a qualidade e se há riscos para a saúde”, explica Fernanda.


Visibilidade


A Erótika Fair, a feira erótica brasileira, é destacada como a maior da América Latina. Ocorre desde o ano passado, duas vezes por ano, com exposições das novidades do mercado nacional e internacional. Mas não é unanimidade entre os lojistas: “A Erótica fair é um erro, pois reúne fornecedores e lojistas no mesmo espaço. E os preços dos fornecedores são mais baixos do que os oferecidos pelos lojistas”, revela Nochese.

Para a ABEME, a feira é um ótimo negócio em questão de exposição, pois os fabricantes nacionais podem aparecer: “É uma chance a mais que temos para crescer”, considera Shiroma.

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Matéria de Kuka Di Andrino e Fernanda Souza

Não engoooorde seu cão assim!

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

O que mudou na reestruturação da Febem

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Comparada à antiga Febem, a atual Fundação Casa proporciona melhor tratamento e reabilitação aos jovens infratores

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Foto: Eliel Nascimento


Internos da CASA Peruíbe em aula de educação física

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Quando se fala em Febem (Fundação do Bem Estar do Menor) logo vem a imagem de uma instituição que não corrige ou educa o menor infrator; ou, vem a imagem das rebeliões que assolavam os grandes complexos da Fundação. E não é pra menos, no final de 2005, a Corte Internacional de Direitos Humanos, pela Organização dos Estados Americanos (OEA), recebeu denúncias das entidades de direitos humanos sobre maus tratos e espancamentos nas unidades, vindos do Complexo do Tatuapé.


Monitores relatam que nas rebeliões, os menores subiam no telhado pegavam os funcionários como reféns, para garantir a fuga. O grande problema deste e outros complexos era a superlotação. Os adolescentes com 18 anos ficavam juntos com os de 14, 13 anos. Os mais velhos acabavam influenciando os mais novos a participarem. Quando estourava uma rebelião, o funcionário corria se desse tempo, ou se trancava em uma sala. A tropa de choque era acionada e então o conflito era inevitável.


Depois das denúncias, muitos funcionários acusados de maus tratos foram afastados e novos servidores temporários foram contratados, agravando o problema de controle das rebeliões. “A falta de experiência e preparação para situações como esta foi desastrosa”, diz Lucas Tavares, coordenador de comunicação social da instituição. Neste momento crítico na administração da Febem, Berenice Giannella, procuradora de Estado e mestre em Direito Processual Penal assumiu a presidência em 2006. Tinha o desfio de ‘pôr a casa em ordem’ e criar 41 novas unidades de internação, para desativar o Complexo do Tatuapé que concentrava 80% dos jovens da capital. Nesta nova proposta, seguiriam a mudança de nome Febem para Fundação Casa (Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente). Tavares conta que a cultura e o regimento interno das unidades também se adaptaram – um processo minucioso e de longo prazo – já que muitos dos antigos funcionários, seguiam uma cultura de violência. “Reformulamos o conceito pedagógico e recapacitamos os servidores nos cursos de reciclagem, para melhorar o atendimento ao adolescente”.

Por causa da aglomeração dos menores nas unidades, o atendimento técnico ficava imobilizado e a segurança ameaçada. Com este cenário, era difícil re-socializar o jovem e fatalmente os problemas disciplinares surgiam. Hoje as internações são em menor número, adotando outras medidas socioeducativas, como a ‘semiliberdade’ e ‘meio-aberto’ (Liberdade Assistida e Prestação de Serviços à Comunidade). As medidas são aplicadas de acordo com o ato infracional e a idade do adolescente. O Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e o Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo (Sinase) regem as normas e diretrizes da Casa.


Totalizam-se 141 entre 39 novas unidades e as já existentes em todo o Estado de São Paulo. As novas instalações lembram escolas, o oposto da imagem prisional dos complexos da antiga Febem. Há três pisos, com salas de aula, dormitórios, consultórios médico e odontológico e uma quadra poliesportiva no terceiro andar.

No modelo anterior da instituição, o menor só saía em casos extremos, todo o atendimento prestado era dentro das unidades. Hoje a Casa oferece cursos de iniciação profissional ao invés de profissionalizante. “Ao assumir que somos uma instituição incompleta, você liga o jovem à sociedade, e mesmo com o risco de fuga, nós damos esta chance” explica Tavares. Ou seja, quando há um bom desenvolvimento pessoal do interno, como reconhecimento, este ganha progressivamente oportunidades.


Há alguns que até já cursam faculdade (com acompanhamento e o transporte especial).



“Se ele (o jovem) não tem padrões em casa, ele passa a adotar os da rua, que o acolhe”



Assistente social (funcionária há mais de 20 anos), Marta* conta o quanto é importante a estrutura familiar na formação do jovem dos dias de hoje. Para ela, os jovens infratores são como qualquer outro jovem, e o primeiro e importante passo para os pais e educadores é saber o que ele espera da vida. “Do mesmo jeito que ele é na fundação, ele é em casa. Se ele não tem padrões em casa ele passa a adotar os da rua, que o acolhe”, declara. Com bases nas pesquisas realizadas na fundação para conhecer o perfil das famílias, vai além: “Muitas mães tiveram filho quando adolescentes e não tiveram estrutura financeira ou psicológica para criá-lo bem”. O ambiente em volta quando não é o mais favorável, deixa os jovens com expectativas, mas sem maturidade e paciência para colher as conquistas. “O jovem tem a necessidade de se firmar no grupo ou em sociedade e mostrar status, quando não há emprego e preparação educacional, ele se depara com a realidade excludente e muitos acabam caindo no mundo do crime”.

Dentro das unidades, as assistentes sociais, psicólogas, professores e pedagogos realizam um diagnóstico multidisciplinar, onde são levantadas informações sobre a família; uso ou envolvimento com drogas; problemas psiquiátricos e nível escolar. A partir dessa avaliação inicial, levantam-se as necessidades: intervenção na família, reforço escolar, ou até mesmo habilidades artísticas para que possa fazer parte do grupo de teatro, música ou artes plásticas.


Para estimular a criatividade e agregar outros valores, há até um festival, que será organizado no Memorial da América Latina, no próximo dia 17 de maio. É o 2º CASA Rap Festival, que vai escolher entre os 38 gruposde todas as unidades estado de São Paulo, os 15 que vão para a fase final. O tema definido para composição das letras é “Ter direito à vida, ter direito igual”. O júri é formado por nomes conhecidos do universo Hip Hop.

Histórico

Segundo a fundação, atualmente são quase 20 mil jovens atendidos entre os regimes de liberdade assistida, semiliberdade e internação. Esta assistência são à jovens de 12 a 21 anos de idade. Porém, há três décadas (até então chamada de Fundação Pró-Menor), abrigava crianças carentes, abandonadas e infratores. As crianças carentes, passavam o dia na instituição e, à noite ou mesmo nos fins de semana voltavam para os lares. As abandonadas tinham a chance de serem adotadas e os infratores cumpriam a medida de acordo com a decisão judicial. Com a criação do Estatuto da Criança e do Adolescente em 1990, a responsabilidade do Estado, ficou em atender o menor infrator enquanto e as abandonadas e carentes passaram a ser assistidas pelas creches das prefeituras, ONGS e igrejas.



“Conseguimos aplicar as atividades, conversar com os jovens, enfim, humanizar o processo de forma bem mais efetiva”

Se a qualidade de assistência ao jovem infrator melhorou, o número de reincidência também: até 2005 a taxa era de 29%, contra 3,21% na gestão atual. Rilda Angelina, instrutora que já trabalhou nos complexos Tatuapé e Raposo Tavares e Imigrantes, conta a melhora que sentiu na Instituição quando voltou em março de 2009. “Hoje está muito mais fácil de trabalhar pedagogicamente. Conseguimos aplicar as atividades, conversar com os jovens, enfim, humanizar o processo de forma bem mais efetiva”.

Direitos e deveres

No regimento interno, são claros os direitos e deveres dos internos: respeitar os servidores, participar das atividades, cumprir as medidas disciplinares e cuidar do patrimônio físico. Quanto aos incentivos há premiações como sessões de cinema e teatro, show e jogos esportivos. Os servidores por sua vez devem manter a disciplina entre os internos e ajudar o jovem a superar as dificuldades, para se desenvolver como pessoa.

Apagando a imagem negativa


Quanto à imagem da Febem, Lucas afirma que ‘é um trabalho de formiguinha’, pois, tem que demonstrar os resultados positivos da Casa internamente e na sociedade. Segundo ele, no ano passado, quase 70% das notícias abordadas pela mídia foram positivas. “Só das rebeliões não serem notícias já é um avanço, há 5 meses não ocorre uma. Como uma parcela da sociedade já conhece o novo conceito da Fundação, o desafio fica por conta de fazer um trabalho maior. “Precisamos de investimentos em publicidade pra campanhas mais específicas”, finaliza.




Marta, nome fictício. A funcionária prefere não se identificar.

Fontes: http://www.casa.sp.gov.br/

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Delícias sem carne



Para quem procura uma alimentação mais saudável, pode se tornar uma opção recorrer a dietas que diminuem ou excluem a carne do cardápio. A diminuição deste consumo enfoca principalmente questões de sustentabilidade ambiental, direitos animais e a saúde humana. No entanto, é importante fazer um acompanhamento com um nutricionista ou endocrinologista, para readaptar a alimentação e assim evitar deficiências em nutrientes, proteínas e vitaminas como a B12, que possam pôr em risco a saúde.


Cristiane Magalhães, atendente bancária de 26 anos, se tornou vegetariana pura (vegan, ver Box) há quase seis anos. Por não consumir produtos de origem animal, como o leite e ovo, ela ingere um suplemento vitamínico com complexo B, para repor a vitamina B12, importante para o sistema neurológico.

Este crescente público conta com restaurantes e produtos diversos que acompanham as exigências de um consumo alternativo. A consultora Flávia Helena, 30, vem tentando diminuir a carne vermelha da alimentação. Na hora do almoço procura restaurantes com opções orgânicas e vegetarianas, “a comida é bem temperada e a proteína de soja é saborosa, não sinto falta de carne”, diz.


Luis Mello é professor de Kung Fu, e campeão sul-americano na categoria. Criou um instituto que traz práticas de artes marciais, cultura chinesa e vegetarianismo. Luis não come carne há 16 anos e pratica o esporte há 20. Ele explica o segredo para deixar a carne de lado, "tudo começa com o desapego do paladar e consequentemente vira o hábito de respeitar a vida animal", argumenta.


Dentre os conceitos, existem três tipos de dieta:

Ovo-lacto-vegetariana - Exclui todos os tipos de carne, permitindo o consumo de ovos, leite e seus derivados.

Lacto-vegetariana - Exclui todos os tipos de carne e também os ovos, permitindo o consumo leite e seus derivados.

Vegana (Vegetariana Pura) - Exclui todos os alimentos de origem animal, inclusive ovos, leite e seus derivados. O vegano também se abstém do consumo de produtos (alimentares ou não) que contenham qualquer traço de crueldade animal, como mel, lã, couro e cosméticos que contenham ingredientes de origem animal ou que tenham sido testados em animais.

O que não pode faltar no menu para ter uma refeição saborosa?


O vegetariano Alexandre Ramos, 37, é fã de bolo de brigadeiro. “Esfiha de sojão e macarronada não pode ficar de fora”, acrescenta. Cristiane fica indecisa para apontar um prato. “São tantos! Mas gosto muito da panqueca de soja e legumes com molho vermelho”. Natanael Silva não é vegetariano, mas acostumou-se com as receitas que a filha adepta ao estilo faz e conta que gosta das sobremesas de frutas. “O creme gelado de mamão com amêndoas é fácil de preparar e fica muito bom”, exclama.



Receita rápida e saborosa:


Creme de Mamão com Amêndoas


12 à 20 amêndoas hidratadas e sem pele
200 gramas de mamão

Bata no liquidificador o mamão com as amêndoas e coloque pra gelar.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Crônica - Medo de quê?



Ao conversar com alguns amigos a respeito de medos, traumas e incômodos, vi que grande parte deles eram formados na infância. Vamos aos relatos:


Causo número 1:


Dias desses, uma amiga me contou que tinha medo do John Bon Jovi. Quando era mais nova, a irmã dela tinha no quarto uma imagem em tamanho real do cantor, e, por dividirem o mesmo espaço, ao apagar a luz, os olhos dele pareciam fitá-la enquanto todos dormiam. Como vingança, ela derrubava o cantor num golpe quase ninja, ou o levava pra bem longe: a cozinha. Sua irmã, ao acordar, via seu ídolo de cara no chão ou comicamente em frente a geladeira e irritadíssima, fazia a pobre além de sentir medo, também ter raiva daquela figura de papelão - de tanto que falava em defesa do homem dos seus sonhos.


Causo número 2:


Um outro amigo que também encrencava com pôsteres (aliás, o que há de errado com os pôsteres dos anos noventa?) disse que o problema dele era uma dupla nacional, que estourou sucessos com suas vozes agudas e seus cabelos tipicamente sertanejos*: Zezé Di Camargo e Luciano. Quando o garoto ia para a casa da tia, justamente na hora de dormir, os olhos dos rapazes colavam nele como o refrão de suas músicas melódicas... Mas o que ele fez pra se livrar do medo? Simples: deu fim rasgando em picadinhos o pôster da tia enquanto ela estava fora, e jurou que não sabia de nada assim que o intimou em tom de ameaça.


Causo número 3:


Outro amigo (nossa, quantos amigos problemáticos eu tenho!) queria ver o diabo, mas não queria ver o boneco Fofão. E pra piorar, também odiava palhaços.


Nesta altura do campeonato me pergunto: Por que há tantas pessoas com medo de artistas? Um cantor metido a hard rock com calças de onça; dois sertanejos de cabelos repicados e vozes finas; figuras infantis como um boneco ou um simples palhaço? Ah, se ainda fosse o medo do ‘palhaço da pirua’- que no final da década de oitenta muito se comentava que, próximo às escolas de primário, ele oferecia doces para as crianças e vapt! Enfiava a criancinha na Kombi e nunca mais se tinha notícia - daí sim, eu entenderia.


Eu nunca fui muito medrosa, mas tenho de confessar que fico inquieta quando vejo uma freira (sim, uma freira. Qual o problema?), baratas e panelas de pressão no fogo...


Mas, voltando ao lance de artistas, tenho três nomes, que você também há de convir que são figuras estranhas mesmo: Elza Soares (esticaada!), Calby Peixoto (???!!!) e por último, uma que em vida ou morte foi a mais estranha de todos os tempos: O rei do Pop, Michael Jackson. Aliás, este último dispensa comentários. Afinal, pretendo dormir bem hoje à noite.





*Entende-se como cabelos tipicamente sertanejos: cortes repicados em cima e longos em baixo.



Crônica - Ceguinho Chato


Num dia em que os sapatos te apertam, mas você não quer perder o bom humor, acontecem mais coisas para te testar até o fim.


Voltando da faculdade pra casa de trem, lá pelas dez e tantas da noite, como um dia qualquer da semana, acontece o inusitado.


Na estação Luz, o trem que aguardo, finalmente chega. Eu me sento, começo a ler uma das três revistas que acabo de ganhar de um professor e pouco antes do trem partir, um guardinha e pede: A srta. pode ceder o lugar para ele? – se referindo ao ceguinho que o acompanhava. Eu, sem hesitar concordo e me levanto.


O rapaz senta e fala alguma coisa que não consigo entender. Ele parece fanho. Há um grande ruído dentro do trem: pessoas falando alto e o ventilador demasiadamente barulhento que me impedem de escutar o que o rapaz tem a dizer. O trem parte.


Em menos de um minuto ele se levanta e exclama: A sra. não quer sentar? Não! Fique à vontade, respondo. Ele retruca: sente-se. Estou voltando de um passeio e a sra. provavelmente do trabalho. Eu treplico: Imagina! Estou voltando da faculdade. Trabalho sentada, estudo sentada. Não há problema algum. O sr. Pode ficar. Ele insiste. Eu paro de discutir e continuo a folhear agora em pé, a minha revista.


Ele se levanta e para que eu me sente. “Não adianta, eu não vou sentar” – digo ainda com um pouco de tolerância e presteza que me resta. Ele permanece em pé. Todos olham. E eu continuo a folhear a revista.


Ele passa dez minutos em pé. Eu troco de revista. O trem está lotado. O lugar só não foi ocupado por outro, porque haviam algumas pessoas bloqueando a passagem para o canto de onde estávamos. Sabe como é, as pessoas nunca se distribuem bem em ônibus, trem, ou metrô. Sempre há um lugar vazio (ou menos cheio) e outros extremamente habitados.


Chega na Lapa. O Trem pára e o maquinista informa que estamos aguardando ordem de partida. Mais quinze minutos. O ceguinho resolve puxar assunto novamente e diz o quanto fica indignado sobre quando uma moça tem de levantar, enquanto um homem que estava ali sentado, não cedeu lugar. Este, aliás, resmungava sem parar porque o trem permanecia parado. Como resposta, digo aquelas frases feitas, que não concordam e nem discordam: “É fogo”.


Eu alerto: Vou descer logo. O assento continua vazio. Se quiser sente-se, já que daqui a Francisco Morato, é uma hora de viagem. Ele concorda e se esbarrando nas pessoas senta novamente.


O homem que resmungava está em pé procurando pela janela, o que fez o trem parar. O ceguinho deduz que o espaço que se abre ao lado dele está vazio, logo, vai tomando espaço e me convida pra sentar ao lado dele.


Naquela cena trágica, permaneço tentando ler a revista. Em vão, já que minha visão periférica, a estas alturas me distrai completamente. O homem infezado, manda o ceguinho voltar ao lugar dele, pois ele não havia saído e sim levantado temporariamente.


Todos olham, alguns comentam. O homem foi mal educado? Ou dava um fora bem dado no ceguinho que estava sendo suficientemente chato? O ceguinho arrasta a bunda voltando ao lugar. O trem retoma partida.


Mais duas estações estou em casa! - penso com meus botões e pés latejando dentro dos sapatos.


O ceguinho me pede um favor, me entrega o celular dele para que eu disque um número. É o número da casa dele. Disco e entrego o aparelho já chamando. Parece que a ligação não completa. Ele pede novamente. Repito a cena. Ele sem graça, me pede desculpas, mas agora quer que eu procure na agenda do celular o número da Erica. Acesso a agenda e coloco a letra ‘e’. Nada encontrado. Desço o alfabeto. O nome da moça começa com ‘h’. Entrego o celular. Ele finalmente consegue avisar por telefone que está a caminho de casa.


Há duas estações, ele finaliza o contato telefônico. Comenta: Certeza que não quer sentar? Não! Desço na próxima. - digo já em tom mal educado. Ah, ok - ele finaliza.


Chega a estação do Piqueri. A porta abre. Permaneço imóvel. Ele com o pé quase à minha frente não sente qualquer movimentação. A porta fecha. Ele ironiza: “Você não desceu aqui...”


Não sabia se ria ou se mandava ele para um lugar bem feio. O trem se movimenta e agora sim, a próxima estação é a minha!


Desço do trem. Meus pés doem por ter ficado todo o tempo em pé. Feliz por ter chegado e me livrado do mala daquele cego fanho, sinto um ardor no calcanhar. É uma bolha, que acaba de estourar.

Enfim, blogueira

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Render-me a um blog, não foi uma tarefa fácil.

Sempre tive aversão a estas ferramentas que uma vez criadas tornam-se suas dependentes para alimentá-las com novos conteúdos.

Tive um blog em 2002. Na época era muito comum usá-los como um diário. Você postava, todos viam e dali nascia sua rede de contatos. Lugar onde era muito explorado “o você”. Sua personalidade, cotidiano, gostos, enfim, um tremendo egocentrismo.

Sem muita paciência, migrei para os sites de relacionamentos. Sem a necessidade de postar toda hora, você cria um perfil, procura pessoas e quando quer coloca fotos ou vídeos. Legal, mas daí começou a enjoar um pouco...

Ainda bem que a evolução dos blogs foi inerente (como tudo na internet). Da simples condição de “diário” tornou-se uma forte rede expoente de opinião. Uma rede para compartilhar, debater qualquer assunto e até fazer negócios.

Desde especialistas aos populares, todos podem ter voz na world wide web. Cultura, estilos de vida, política, saúde, tecnologia, entretenimento, nada escapa das mãos (literalmente) dos blogueiros.

O papel da internet na vida diária de seus usuários ultrapassou as fronteiras de espaço e tempo. Como no caso o Twitter que vem transformando a velha comunicação monopolizada, em uma comunicação mais contributiva, interativa e equilibrada.

Definitivamente, hoje este espaço de multifuncional agrega ao compartilhamento de conhecimento e a ajuda a debater temas infinitamente interessantes...

Blogspot, aqui vou eu!